terça-feira, 4 de novembro de 2008

A OBRA DO HOMEM

Será que existe um pedaço de terra
Que não tenha dono, onde eu possa viver
Em todo canto que eu canto meu canto
Eu vejo porteira, eu vejo mourão
E arame farpado
Isso é obra do homem
Nada a ver com Deus
Será que em cima desse chão coberto
De rastro de bicho tem lugar prá gente.
Por mais que eu ande por esses caminhos
De um lado tem gado, do outro também
E muito capim
Isso é obra do homem
Nada a ver com Deus
Será que depois de tanta poeira
Acabei chegando nessa capital
Minha viola só fica calada
Pois é tanto carro atrás de tanto carro
E é tanto barulho
Isso é obra do homem
Nada a ver com Deus
Tanto arranha-céu
Isso é obra do homem
Nada a ver com Deus
Tanto sofrimento
Isso é obra do homem
Nada a ver com Deus


autoria: R. Santhana

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

BEIRA-RIO, BEIRA-MAR

A diferença entre o certo e o errado
Eu sei de mim
Não posso lhe dizer
Que o cidadão que cospe na calçada
Merece vaia ou não merece nada
Se a solitária senhora da cadela
Que paga imposto conforme o ritual
Compra o direito de transformar a praia
Ou mesmo a praça na privada do animal

Eu sei que eu não devo fazer o que dá na telha
Senão eu corro o risco de arranjar uma goteira
À beira-rio, à beira-mar, eu colho o que eu plantar
À beira-rio, à beira-mar, eu colho o que eu plantar

Se alguém pudesse afirmar com precisão
Que o favelado é pior do que o burguês
Com suas contas numeradas na Suiça
Enquanto aquele tem seu pasto de feijão...
Então não sei o porquê de tanto orgulho
Da sua cor ou da sua posição
Se no final a história é sempre a mesma
Não precisamos de gavetas no caixão.


autoria: R.Santhana

terça-feira, 30 de setembro de 2008

TORPOR

O sol dos trópicos doura tua pele nua
E te ilumina prá que eu possa vê-la toda
Quando te vejo caminhando pela rua
Dá-me a impressão de que teu corpo flutua

Tua boca me entorpece
Teu olhar me paralisa.

Minha intenção é te fazer a corte
Tocar teu corpo como fez o sol
Beijar-te a boca e tua alucinante língua
No teu olhar paralisar a vida.

Tua boca me entorpece
Teu olhar me paralisa.


autoria: R.Santhana

MILHARAL

THEROS

O sol amarelou

Os cabelos das bonecas

Que brincavam ao sabor do vento

Que trazia notícias

Daquela cidade distante daqui

Onde se decide a vida e a morte

Do que acontece aqui.



O suor fertilizou

Essa terra onde crescem

As bonecas que ao sabor do vento

Se preparam para alimentar

A cidade distante daqui

Onde se decide a vida e a morte

Do que acontece aqui.


autoria: R.Santhana

TROVEJO

THEROS

Trovejou na cabeceira do rio

Trovejou na cabeceira do rio



Desse rio que corta as Gerais

Que atravessa o grande sertão

Vai levando pedaços do chão

E as histórias de guerra e de paz

E as histórias de guerra e de paz

E as histórias...



Trovejou na cabeceira do rio

Trovejou na cabeceira do rio



Desse rio que corre pro mar

Que desliza em seu leito pro norte

Agoniza lento devagar

Consumindo venenos e morte

Consumindo venenos e morte

Ruminando venenos...



Trovejou na cabeceira do rio

Trovejou na cabeceira do rio


autoria: R.Santhana

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

TRILHOS


THEROS

Vai partir

O trem vai partir

Levando você

Prá longe de mim

Solidão

Invade a estação

Enquanto você

Viaja no trem

E o meu coração, o meu coração

Persegue esse trem

E os meus cinco sentidos

Meu sexto sentido

Está nesse trem.

E assim

Passei a viver

A espera do trem

Trazendo você

E o meu coração, o meu coração

Persegue esse trem

E os meus cinco sentidos

Meu sexto sentido

Está nesse trem.


autoria: R.Santhana



terça-feira, 9 de setembro de 2008

CINEMA DE VANGUARDA

Fechei os meus olhos para ver seu rosto
Naquele clima de cinema de vanguarda
A se desenrolar no cenário da cidade
Sobretudo, nada fazia sentido
Só seus olhos brilhantes
Só você, só

Caminhamos tanto tempo juntos
Mas a arquitetura da palavra não te decifrava
O mistério que era você não se permitia desvendar
E o caminhar fora tão silencioso
Só seus olhos gritavam
Só, você estava só.

Fomos e voltamos sobre os nossos passos
E aquele roteiro de cinema de vanguarda findava
Sem palavras prá falar, tudo jazia no olhar
Fecho os olhos para ver seu rosto
E os seus olhos brilhantes
Que continuaram sós.


autoria: R.Santhana

TU, HUMANIDADE

THEROS

Há mais de meio século tu andavas

Inexplicavelmente tu amavas

Com baionetas e fuzis

Com baionetas e fuzis

Mortificando-te assim.



Por onde tu passavas deixavas sinais

Das lutas e conflitos, atos racionais

E um tenebroso rastro de sangue

Tingia o frágil e velho mundo

Mortificando-te assim.



E hoje tu procuras como ser feliz

Atônita não sabes para onde ir

E ainda insistes em amar

Com baionetas e fuzis

Mortificando-te assim.


autoria: R.Santhana

DHARMA

THEROS

Outro dia tornei a pensar em você

E lembrar dos sonhos que sonhei com você

E eu nunca me realizei com você.

Vez em quando uma dor dilacera meu peito

Não consigo explicar essa coisa direito

Essa dúvida me faz pensar que o jeito

É ficar assim

E deixar tudo acontecer

No compasso do tempo

Do carma consciente

Quem sabe se assim poderemos viver

Nossas vidas com um pouco mais de prazer

Exorcisando os demônios do ser?

E ficar assim

E deixar tudo acontecer

No compasso do tempo

Do carma consciente


autoria: R.Santhana

terça-feira, 2 de setembro de 2008

PSEUDO-PRESERVATIVO

Ontem pela televisão
Eu vi uma boneca
Sem coração
Vinha importada do Japão
Para satisfazer as taras
Dos loucos daqui.
Se essa moda pega, o que será da mulher?
Ser trocada por um monte de látex.
Se essa moda pega, o que será do homem
Que se satisfaz com um monte de látex?
Será que por um sexo seguro
Vamos abrir mão do calor humano?
Será que por um sexo seguro
Vamos abrir mão do nosso futuro?
Ontem pela televisão
Eu soube de um boneco
Sem coração
Que virá importado do "sei lá"
Para satisfazer as taras
Das loucas daqui.
Se essa moda pega, o que será de mim?
Ser trocado por um monte de látex.
Se essa moda pega, o que será da mulher,
Que se satisfaz com um monte de látex?
Será que por um sexo seguro
Vamos abrir mão do calor humano?
Será que por um sexo seguro
Vamos abrir mão do nosso futuro?


autoria: R.Santhana

LAS BRUJAS

THEROS

Seus olhos brilham no escuro

Vermelhos

Carmim nos lábios macios

E as línguas molhadas

Os espelhos não refletem seu poder

E desejamos sem saber porque vocês

Las brujas... las brujas... las brujas...



As suas mãos manipulam

Os cordéis que nos sustentam

Quando nos tocam a pele

Dominando nossos sentidos

Deliramos febris com seu poder

E desejamos mesmo sem saber porquê

Las brujas... las brujas... las brujas...



Pelos espaços urbanos

Ou pelas vias rurais

Por onde quer que passemos

Dependemos do seu poder.

(...)

las brujas... las brujas... las brujas...


autoria: R.Santana

RODA DA FORTUNA

A roda do mundo gira girou
Roda da Fortuna
O que está no alto hoje
Poderá estar amanhã por baixo
Desde que nada se cria, nada se perde
Tudo se transforma
Desde que a toda força se opõe
Uma força contrária
Há sempre o outro lado da moeda
Cara ou coroa é o que há
Há sempre o outro lado da moeda
Cara e coroa sempre haverá.
O sinal dos tempos
De uma nova Era
A rosa-dos-ventos orienta a caminhada
Rumo ao futuro.
Desde que saibamos
Que o universo é uma coisa só
E tudo o que dissermos poderá ser usado contra nós
Nos tribunais
Há sempre o outro lado da história
Há sempre o outro lado da moeda
Cara ou coroa é o que há
Há sempre o outro lado da moeda
Cara e coroa sempre haverá.

autoria: R.Santhana

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

O CAOS

THEROS

O caos já começou

E aqui assistimos a televisão

Preparar-se-ão os gradis

Que por um triz

Não nos livram da perseguição

Dos aflitos que tomarão as ruas

Caminhando pela contra-mão

Sob a luz da lua, sob a luz do sol

Eles já frequentam o nosso quintal.

Não dá mais prá negar

Que um desastre está prá acontecer

Uma legião vai surgir

Desses meninos

Nas ruas do país

Os aflitos que tomarão as ruas

Caminhando pela contra-mão

Sob a luz da lua, sob a luz do sol

Eles já frequentam o nosso quintal

Dos meninos na rua

Sem pai e sem mãe

Aos meninos de rua

Senhores de si

Dos meninos na rua

Sem educação

Aos meninos de rua

Sem nada a perder


autoria: R.Santhana

COBRA CORAL

THEROS

Seus olhos de Medusa

Que me transformam em pedra

Assim como os olhos da cobra coral,

Sedução.

O brilho da íris da Hidra de sal

Carnaval

A cor da pupila à luz da papoula

Sensual

Montado no meu cavalo

Que voa por cima do mundo

Só prá te buscar

Num sonho doido que me leva

Aos portões da loucura com você

Eh! Eh! Eh! Meu amor

Cobra coral


autoria: R.Santhana

NOTICÍDIO MODERNO

THEROS

Guerras

No Médio Oriente

Dentes

Da História

Mordem ferozmente

Bombas ( tararará)

Bombas ( tararará)

Bombas ( tararará)

Terror...

Invade o Velho Mundo

Fundo

A lâmina cravou

O sinal da revelação

Medo ( tararará)

Medo ( tararará)

Medo ( tararará)

Disputas

Esgotam o planeta

Fome

De pão e de paz

Vida travestida

Morte ( tararará)

Morte ( tararará)

Morte ( tararará)


autor: R.Santhana

terça-feira, 26 de agosto de 2008

HERANÇA

THEROS

Num tempo de paz tudo era verde

Tupã zelava por seus viventes

O sol brilhava sobre as vertentes

E o mar, o mar ainda era azul.

E as criaturas aladas eram cativas do ar.

E o tempo passou e a paz também

Tupã somente dizia amém

Fumaça, a fumaça apagava o sol

Do azul do mar ficaram cinzas na memória do lugar

E as criaturas aladas já não podiam voar ...



E os dentes das serras, armas de guerra

Consomem tudo e deixam nua toda a terra

E garras vorazes rasgam-lhe o ventre

Tirando seu fruto sua semente.

Tudo isso pelo ouro

Tudo isso pelo ouro



E o mar, o mar vai se acabar

E o ar, o ar prá respirar

E o ouro, o ouro vai acabar

E o sol, o sol vai se apagar


autoria: R.Santhana

SACIAR A FOME

Todas as vezes
que eu levo o lixo para fora
O ato me faz refletir
Que aquilo ali
Que é lixo para mim
Pode ter utilidade para alguém
Pode vir a ser o alimento de alguém

Tento imaginar
O que pode ser pior:
Morrer de fome
Ou por se tentar matá-la.
O lixo tem utilidade para alguém, sim
Mas não pode ser o alimento de ninguém,
E o que nos resta então ...

Cantar e saciar a fome
Alimentando a alma.

Cidadania,
Liberdade.
Cidadania,
Responsabilidade.


autoria: R.Santhana

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

LUA NUA

Um dia perto do mar
Você me apareceu, linda.
Brilhou ofuscando outras estrelas
Ao redor, linda flor.
Menina, mulher
O tempo conspirou contra mim.
E eu sonhei com você entre as montanhas,
Menina
Enquanto me afastava do seu mar.
E eu sonhei com você entre as montanhas,
De Minas
Enquanto me afastava do seu mar.

De dia o sol me ilumina,
Mas quem brilha é você.
E a noite me leva até você
Quando a lua nua vem dormir comigo.
E eu sonhei com você entre as montanhas
De Minas
Enquanto me afastava do seu mar.
E eu sonhei com você entre as montanhas
Menina
Enquanto me afastava do seu mar.

autoria: R.Santhana

SONHO NEGRO

THEROS

O negro chegou aqui

Nestas praias tupiniquins

Nos porões de velhas naves

Cruzando os mares, chegou aqui.



O continente negro ficou prá trás

O continente.

A mulher amada,filhos e pais



Escravo guerreiro trabalhou

Guerreiro escravo

Enriqueceu o seu senhor.



A noite, sonho negro

O negro é livre

Para sonhar.



Foge negro

Que o capitão-do-mato está

Atrás de negro

Que o capitão-do-mato está.

Foge negro.


autoria: R.Santhana

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

O MAL DO FIM DO SÉCULO

THEROS

Meu amor,

Não me deixe só, aqui nessa cidade

Concreto ao meu redor.

As luzes de neon

Ofuscaram as estrelas que brilham sobre nós

Com certeza, com certeza.

Os motores e seus cavalos de força

Usurpam nosso espaço.

E os sonhos das pessoas se dissolvendo

Em nuvens de poeira.

Meu amor,

Precisamos um do outro

Prá que a vida valha a pena

Prá que o nosso sonho não desapareça.

Seu silêncio me tortura,

Seu hálito faz falta, meu amor, meu amor...

Quando ando pelo passeio público

E vejo as pessoas tão infelizes,

A angústia que elas carregam eu compreendo,

Veneno em suas vidas.

Meu amor,

O mal do fim do século

Que grassa pelas ruas da cidade

É solidão.


autoria: R.Santhana

QUINTAL

THEROS

Lá onde o céu e as montanhas se encontram,

Onde o sol vem mostrar seu clarão.

Lá rouxinóis, girassóis e lençóis de linho,

Rocas, fios de algodão.

Entre sempre-vivas o meu coração,

E que sempre viva o teu coração.



Lá onde a lua clareia os caminhos

Que nos levam ao nosso quintal.

Lá bem-te-vis, colibrís, bem feliz meu olho

Bebe fatias de luz.

Entre sempre-vivas o meu coração,

E que sempre viva o teu coração.


autoria: R.Santhana

terça-feira, 19 de agosto de 2008

PLATÔNICO

Ontem sonhei com você!
Sempre sonhei com você,
Um sonho escandaloso.
Um sonho escandaloso!
E me perdi nos seus olhos,
Com a menina dos olhos.
E nos amamos com calma
Nas profundezas da alma.

autoria: R.Santhana

OS GÊMEOS DO ESPELHO

Aqueles gêmeos que só se viam no espelho
Abandonavam-se no lago de vidro e prata.
Voar, a voar os dois
Num mundo criado depois.

Só os dois habitavam aquele mundo
Só os dois habitavam aquele mundo
E se amavam sem constrangimento,
Sem culpa e sem arrependimento.

Todo prazer de que os dois desfrutavam
Parecia vir daquele mundo imaculado.
Voar, a voar os dois
Como se fossem um só.

Só os dois habitavam aquele mundo
Só os dois habitavam aquele mundo.
E se amavam sem constrangimento,
Sem culpa e sem arrependimento.

Todas as vezes que os gêmeos se encontravam
Era inevitável mergulhar naquele mundo.
Voar, a voar os dois
corpos que flutuam nus.

Só os dois habitavam aquele mundo,
Só os dois habitavam aquele mundo.
E se amavam sem constrangimento,
Sem culpa e sem arrependimento.

autoria: R.Santhana

sábado, 16 de agosto de 2008

IPÊS EM MARAVILHA




JADE



HÁ 11 ANOS ELA É UMA DAS MULHERES DA MINHA VIDA...

FLOR DE MARAVILHA



EU IA PASSANDO, FLOR DE MARAVILHA
LÁ NO BEBEDOR, FLOR DE MARAVILHA
MEU CHAPÉU CAIU, FLOR DE MARAVILHA
MEU AMOR APANHOU, FLOR DE MARAVILHA

FLOR, MINHA FLOR, FLOR VEM CÁ
FLOR, MINHA FLOR, FLOR VEM CÁ
O ANEL QUE TU ME DESTE, FLOR VEM CÁ
ERA VIDRO E SE QUEBROU, FLOR VEM CÁ
O AMOR QUE TU ME TINHA, FLOR VEM CÁ
ERA POUCO E SE ACABOU, LAIA, LAIA, LAIA


autoria: autor desconhecido - domínio público

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

CANTO LUNAR

THEROS

Lua nova, super nova

Lua nova, super nova



A lua ilumina a rua

Onde mora a solidão

No silêncio das estrelas

Sementes de luz

Incendeiam nossa alma



Luz acesa na varanda

Luz acesa na varanda



Lampeão na noite escura

Rebuliço no jardim

O perfume do jasmim

Embriagará

Nossa mente

Nossa carne


autoria: R.Santhana

THEROS

THEROS


Nós viveremos só

Uma vida juntos, juntos

Nós plantaremos só

As sementes boas de dar, boas de dar

Seu nome de fera grega.



Sim, seu sorriso só

Ilumina o mundo ao redor, a vida ao redor

Sim, seu futuro só

Estará esperando você, esperando você

Seu jeito de fera grega.



Nós plantaremos só

As sementes boas de dar, boas de dar

Mas da colheita só

Só você irá desfrutar, irá desfrutar

Da vida de fera grega.

autoria: R.Santhana

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

EGOSUM

'Tão dizendo por aí que esse mundo tá virado
Que se nega a natureza e o que foi determinado
Só que a natureza é sábia e se ela faz algo errado
Quer dizer nada é perfeito e isso é fato consumado

Cante muito e não se espante que cantar não é pecado
Cante mais e fale menos que senão 'cê tá danado

Se meu cabelo te choca, sinto não é culpa minha

Se não cabe a inteligência nessa sua cabecinha

Vi que a sábia natureza fez mais uma estrepolia

Criou outro ser humano sofrendo de acefalia

Cante muito e não se espante isso você pode fazer

Cante mais que a sua língua um novo ofício vai ter

Pra você que não gostou é que a carapuça serviu
E se você vai "simbora" vá pra rima que pediu.


autoria: R. Santhana